ASPECTOS FUNDAMENTAIS DA ANTROPOLOGIA FILOSÓFICA DO PADRE VAZ

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Francisco Javier Herrero

Abstract

Nestas breves páginas não pretendemos fazer uma avaliação da imensa obra do Pe. Vaz. Ele é bem conhecido pela sua abrangência cultural, pelo seu profundo conhecimento filosófico e, sobretudo, pela sua capacidade de recriar a tradição filosófica. Seria impossível fazer filosofia nos dias de hoje sem um conhecimento profundo das raízes dos problemas que nos afligem, raízes que se encontram na origem do tratamento filosófico desses problemas.1 Se o Pe. Vaz é um filósofo com essas características, o nosso propósito consiste em descobrir o veio que atravessa toda a sua filosofia. Se a origem do pensamento filosófico na Grécia elevou as exigências da razão até uma reflexão metafísica, digamos mais exatamente, até uma filosofia do ser, que não descansa até chegar ao fundamento do ser e da razão que o articula, veremos como essa exigência é mantida pelo Pe. Vaz ao longo de sua obra. Em concreto, pretendemos descobrir o que constitui o centro de sua filosofia, a estrutura da Antropologia Filosófica2, modelo de recriação da tradição filosófica, capaz de recolher e pensar os principais problemas modernos sobre o homem e de tornar-se a fonte para a reflexão de todos os problemas que afetam o mundo atual. Veremos também a ontologia subjacente a essa estrutura, que constitui a originalidade do pensamento do Pe. Vaz, originalidade que lhe possibilita o recurso incessante à tradição e a fecundidade e o rigor especulativo no tratamento dos novos problemas.

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