NEM TUDO QUE RELUZ É OURO: TRABALHO ESCRAVO CONTEMPORÂNEO NA ATIVIDADE GARIMPEIRA

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Emerson Victor Hugo Costa de Sá

Resumo

Este estudo analisa as características do trabalho escravo contemporâneo na atividade garimpeira de ouro na Região Amazônica, com enfoque no estado do Pará. Utilizou-se abordagem analítica e descritiva, com base em relatórios de fiscalizações realizadas entre 1995 e 2022. Como principais resultados, verificou-se a prevalência do gênero masculino e de pessoas pretas e pardas entre as vítimas, além de baixa escolaridade e salários inferiores a dois salários-mínimos. As fiscalizações apontaram irregularidades trabalhistas, relacionadas ao descumprimento de normas de saúde e segurança do trabalho, sobretudo quanto às condições degradantes de trabalho e alojamento. De 168 pessoas resgatadas, a maioria era da Região Norte e do município de Itaituba. Analisou-se também o perfil das vítimas, além dos autos de infração aplicados. Concluiu-se que a atividade garimpeira carece de formalização, uma vez que se trata de uma prática que expõe trabalhadores a violações. Urge regular o setor e oferecer alternativas de sustento à população local de maneira sustentável. Embora apresente limitações, este estudo contribui para entendimento desse problema e formulação de políticas públicas que garantam dignidade no trabalho.

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Seção
Artigos
Biografia do Autor

Emerson Victor Hugo Costa de Sá, Universidade Federal do Amazonas (UFAM)

Doutor em Direito, com área de concentração em Direitos Humanos, pela Universidade Federal do Pará (UFPA), Belém/PA, Brasil. Mestre em Direito Ambiental pela Universidade do Estado do Amazonas (UEA), Manaus/AM, Brasil. Bacharel em Direito pela Universidade Federal do Amazonas (UFAM), Manaus/AM, Brasil. Professor adjunto da Faculdade de Direito da UFAM. Auditor fiscal do Trabalho no Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), Manaus/AM, Brasil.