DA VULNERABILIDADE AMBIENTAL À VULNERABILIDADE ECOLÓGICA: A TRANSIÇÃO DE PARADIGMAS

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Verónica Maria Bezerra Guimarães
Thaís Dalla Corte

Resumo

O objetivo geral desta pesquisa é analisar conceitualmente, com base nos paradigmas antropocêntrico, em transição e ecocêntrico, diante de suas diversas definições e sujeitos, as vulnerabilidades ambiental e ecológica. Para tanto, por meio de método dedutivo, foi desenvolvida uma revisão de literatura descritiva, teórica e qualitativa a partir de fontes documentais diretas e indiretas. Com isso, o paradigma ecocêntrico, baseado nos direitos da natureza, rompeu com a antropologia da vulnerabilidade ambiental e com o monismo jurídico por considerar os seres vivos, os seres não vivos e os espíritos como vulneráveis a relações que desarmonizam o bem viver. A análise da vulnerabilidade ligada ao meio ambiente e à natureza visa romper com a abordagem limitada e negativa da sua concepção. Entende-se que o meio ambiente e a natureza, diante de sua interação com o ser humano, nunca serão invulneráveis, pois é impossível negar qualquer forma de “fragilidade” intrínseca e de dependência das relações humanas de cuidado. Esta pesquisa conclui que a vulnerabilidade, apesar de ter significados diferentes em cada paradigma, é uma característica compartilhada, constitutiva e conectiva entre a existência do ser humano e a natureza.

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Seção
Artigos
Biografia do Autor

Verónica Maria Bezerra Guimarães, Universidade Federal da Grande Dourados

Pós-Doutorado em Desenvolvimento e Meio Ambiente pelo Programa de Pós-Graduação em Desenvolvimento e Meio Ambiente da Universidade Federal de Pernambuco (Prodema-UFPE), Recife/PE, Brasil. Doutora em Desenvolvimento Sustentável pela Universidade de Brasília (UnB), Brasília/DF, Brasil. Mestra em Direito Público pela UFPE. Bacharela em Direito pela Universidade Católica de Pernambuco (UNICAP), Recife/PE, Brasil. Professora associada dos cursos de graduação e do programa de Mestrado em Fronteiras e Direitos Humanos da Universidade Federal da Grande Dourados (UFGD), Dourados/MS, Brasil.

Thaís Dalla Corte, Universidade Estadual de Mato Grosso do Sul (UEMS)

Pesquisadora de pós-doutorado em Fronteiras e Direitos Humanos na Universidade Federal da Grande Dourados (UFGD), Dourados/MS, Brasil. Doutora em Direito pela Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), Florianópolis/SC, Brasil, com período de visita na Faculdade de Direito da Universidade de Lisboa (FDUL), Lisboa, Portugal. Mestra em Direito pela UFSC. Bacharela em Direito pela Universidade de Passo Fundo (UPF), Passo Fundo/RS, Brasil. Professora assistente do curso de Direito da Universidade Estadual de Mato Grosso do Sul (UEMS), Naviraí/MS, Brasil.