TRABALHO ESCRAVO CONTEMPORÂNEO HOJE, O MESMO DE ONTEM

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Tiago Muniz Cavalcanti
Rafael Garcia Rodrigues

Resumo

Este artigo busca analisar a temática do trabalho escravo na contemporaneidade, verificando como ele se perpetua na história brasileira de modo a indicar seu caráter não anacrônico às relações sociais brasileiras. A metodologia adotada para estes fins foi a análise crítico-descritiva da literatura, conjugada com o levantamento das legislações pertinentes e de jurisprudência e decisões judiciais que abordaram o tema. Partindo da historicidade de sua experiência no Brasil Colônia, analisou-se como essa vivência e mentalidade da existência de alguém como objeto e não sujeito de direitos mantêm resquícios na atualidade, inclusive em decisões judiciais que justificam sua ocorrência baseada em uma pseudocultura local. Verificou-se em que medida tal abordagem, somada a uma leitura restritiva do conceito de trabalho escravo contemporâneo, desnudam um momento histórico de retrocesso no enfrentamento de tal forma de exploração. E, ao final, indicou-se como o trabalho escravo contemporâneo se manifesta em diversas formas exploratórias do trabalho humano na atualidade, indicando caminhos para a hermenêutica de tal conceito a fim de que seu enfrentamento seja o mais amplo possível como único meio de concretizar a cidadania.

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Seção
Artigos
Biografia do Autor

Tiago Muniz Cavalcanti, Universidade Federal de Pernambuco (UFPE)

Doutor em Direito pela Universidade Federal de Pernambuco (UFPE), Recife/PE, Brasil, com período de pesquisa no Centro de Estudos Sociais da Universidade de Coimbra (UC), Portugal. Mestre em Direito pela Pontifícia Universidade Católica de São Paulo, (PUC-SP), São Paulo/SP, Brasil. Especialista em Direito e Processo do Trabalho pela Faculdade de Boa Viagem, Recife/PE, Brasil. Membro da Academia Pernambucana de Direito do Trabalho (APDT), Recife/PE, Brasil. Procurador do Ministério Público do Trabalho (MPT), Recife/PE, Brasil.

Rafael Garcia Rodrigues, Ministério Público do Trabalho (MPT)

Doutorando em Direito das Relações Sociais no Programa de Pós-Graduação em Direito da Universidade Federal do Paraná (PPGD/UFPR), Curitiba/PR, Brasil. Mestre em Direito Civil pela Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ), Rio de Janeiro/RJ, Brasil. Procurador do Ministério Público do Trabalho (MPT), Curitiba/PR, Brasil.