Veredas do Direito — Direito Ambiental e Desenvolvimento Sustentável https://revista.domhelder.edu.br/index.php/veredas <p><span style="font-size: 11.0pt; font-family: 'Calibri',sans-serif;">ISSN (Eletrônico / Online) — 2179-8699</span></p> <p><span style="font-size: 11.0pt; font-family: 'Calibri',sans-serif;">Qualis A1</span></p> <p><span style="font-size: 11.0pt; font-family: 'Calibri',sans-serif;"> </span></p> <p><span style="font-size: 11.0pt; font-family: 'Calibri',sans-serif;">O periódico <em>Veredas do Direito </em>é voltado a temáticas diretamente relacionadas às áreas de concentração do Programa de Pós-graduação em Direito da Dom Helder Escola Superior (DHES): (1) Direito Ambiental; e (2) Desenvolvimento Sustentável (http://www.domhelder.edu.br/mestrado).</span></p> Editora Dom Helder pt-BR Veredas do Direito — Direito Ambiental e Desenvolvimento Sustentável 2179-8699 <p>Submeto (emos) o presente trabalho, texto original e inédito, de minha (nossa) autoria, à avaliação de <strong>Veredas do Direito</strong> - Revista de Direito, e concordo (amos) que os direitos autorais a ele referentes se tornem propriedade exclusiva da Revista Veredas, sendo vedada qualquer reprodução total ou parcial, em qualquer outra parte ou outro meio de divulgação impresso ou eletrônico, dissociado de <strong>Veredas do Direito</strong>, sem que a necessária e prévia autorização seja solicitada por escrito e obtida junto ao Editor-gerente. Declaro (amos) ainda que não existe conflito de interesse entre o tema abordado, o (s) autor (es) e empresas, instituições ou indivíduos.</p><p>Reconheço (Reconhecemos) ainda que <strong>Veredas </strong>está licenciada sob uma <strong>LICENÇA CREATIVE COMMONS:</strong></p><strong> </strong><a href="http://creativecommons.org/licenses/by/3.0/" target="_new"><strong>Licença Creative Commons Attribution 3.0</strong></a> APLICAÇÃO DA ÉTICA DA ALTERIDADE AO MEIO AMBIENTE https://revista.domhelder.edu.br/index.php/veredas/article/view/2572 <p class="NRVD-Resumo">A efetivação do desenvolvimento sustentável abre espaço para discussões éticas, econômicas, sociais e ambientais. Diante da significativa degeneração ambiental e dos graves problemas de exclusão social, faz-se necessário reconfigurar a relação entre o ser humano e a natureza. A partir dos estudos de Lévinas sobre a ética, a pesquisa aborda o reconhecimento do outro humano e do outro natureza como premissa para a construção de um contrato natural em que o Eu homem se reconheça como parte do meio ambiente, e não apenas seu dominador. O estudo busca demonstrar que é possível responder à necessidade de reconfiguração da relação entre indivíduo e meio ambiente. As condutas em prol do desenvolvimento sustentável não têm atendido ao reconhecimento e à consideração da biota em sua integralidade e importância. Utilizaram-se o método dedutivo crítico e a pesquisa bibliográfica. Concluiu-se que será possível atender às premissas da sustentabilidade, com o reconhecimento do meio ambiente como um Outro relevante sob a ótica da alteridade.</p> Lara Caxico Martins Valter Foletto Santin Copyright (c) 2024 Veredas do Direito — Direito Ambiental e Desenvolvimento Sustentável 2024-05-10 2024-05-10 21 e212572 e212572 10.18623/rvd.v21.2572 INCOMPATIBILIDADES DO AGRONEGÓCIO FACE À ORDEM AMBIENTAL CONSTITUCIONAL https://revista.domhelder.edu.br/index.php/veredas/article/view/2688 <p>Esta pesquisa parte da concepção de direito ao desenvolvimento consagrada nos ideais da Constituição da República Federativa do Brasil de 1988 (CRFB). Integrante do chamado direito ao desenvolvimento, a ordem ambiental constitucional representa um importante instrumento de aprimoramento da realidade, fazendo que todos os processos de desenvolvimento se submetam aos fins do Estado, elencados pela própria sociedade na CRFB. É nesse sentido que se relaciona o direito ao desenvolvimento com o agronegócio, setor que representa o atual modelo agrário brasileiro e desempenha função estratégica na economia nacional nas últimas décadas. Este artigo tem como objetivo geral, portanto, evidenciar as incompatibilidades do agronegócio brasileiro face à ordem ambiental estabelecida pela CRFB. Esta pesquisa utiliza o método hipotético-dedutivo, partindo do problema mencionado para verificar a hipótese oferecida e cumprir o objetivo apresentado, sem perder de vistas a perspectiva crítica acerca dos fenômenos estudados. Quanto às técnicas de pesquisa, trata-se de pesquisa bibliográfica e documental. A contribuição identifica importantes contradições e pretende oferecer, a partir disso, um referencial para o estudo do direito ao desenvolvimento numa perspectiva ampla, em que se confronta esse direito com o modelo e as externalidades negativas de um setor que tem função estratégica na economia brasileira.</p> Reshad Tawfeiq Copyright (c) 2024 Veredas do Direito — Direito Ambiental e Desenvolvimento Sustentável 2024-06-12 2024-06-12 21 e212688 e212688 10.18623/rvd.v21.2688 LICITAÇÕES PÚBLICAS E A MODALIDADE PREGÃO NA VERSÃO DO NOVO MARCO NORMATIVO https://revista.domhelder.edu.br/index.php/veredas/article/view/2649 <p>O artigo tem por objetivo analisar a possibilidade de emprego da modalidade pregão para aquisição de bens e serviços comuns, por empresas estatais, após a entrada em vigor da nova lei de licitações. A metodologia empregada é de natureza dialético-descritiva e o método utilizado tem caráter dedutivo, tomando como referência os conceitos de Marçal Justen Filho, além de terminologias usadas pelo legislador brasileiro e expressas em decisões judiciais publicadas no sítio do Supremo Tribunal Federal. Trata-se de um estudo de perfil qualitativo, amparado em concepções teóricas já consagradas nas ciências sociais aplicadas. A problemática está relacionada com a revogação da norma jurídica que dispõe sobre o pregão, por força da Lei n. 14.133/2021, e, consequentemente, derrogação de estatutos estaduais e municipais que regem a matéria em torno das empresas públicas e sociedades de economia mista. A hipótese refere-se à inadmissibilidade da aplicação subsidiária da lei geral de licitações sobre as contratações pretendidas por empresas estatais, na forma da Lei n. 13.303/2016, conforme entendimento fixado pelo Tribunal de Contas da União, no acórdão 739/2020. O resultado preliminar deste estudo revela que a lacuna normativa aberta pela nova lei de licitações e contratos inviabilizaria a utilização da modalidade pregão nas estatais.</p> Marcelo Pereira dos Santos Luis Marcelo Lopes de Lacerda Copyright (c) 2024 Veredas do Direito — Direito Ambiental e Desenvolvimento Sustentável 2024-04-16 2024-04-16 21 e212649 e212649 10.18623/rvd.v21.2649 A PROTEÇÃO DO PATRIMÔNIO CULTURAL NO BRASIL E NA ESPANHA: O CASO DA VAQUEJADA E DAS TOURADAS https://revista.domhelder.edu.br/index.php/veredas/article/view/2641 <p class="NRVD-Resumo">O patrimônio cultural no Brasil e na Espanha encontra tutela constitucional. Afirma-se que o meio ambiente, nas suas diferentes acepções, é tratado como direito fundamental em ambos os países e, portanto, afasta-se argumentos de menor robustez jurídica, inclusive normas infraconstitucionais, para eventual desrespeito aos bens ambientais, dentre os quais a vida animal. O objetivo deste artigo é demonstrar, portanto, que a vida animal possui maior valoração jurídica que normas positivadas sob o argumento de patrimônio cultural. O artigo se pautou pela metodologia hipotética dedutiva com técnica de pesquisa legislativa comparada, assim como bibliográfica e referências em revistas nacionais e internacionais. Os resultados apontados demonstram que no Brasil e Espanha a vida animal deve ter maior tutela jurídica que argumentos fundados no patrimônio cultural, concluindo-se que, em homenagem à teoria dos direitos fundamentais e ao constitucionalismo moderno, normas que permitem o sofrimento animal padecem de inconstitucionalidade devendo, pois, serem afastadas do ordenamento no Brasil e na Espanha.</p> Beatriz Souza Costa Elcio Nacur Rezende Copyright (c) 2024 Veredas do Direito — Direito Ambiental e Desenvolvimento Sustentável 2024-05-10 2024-05-10 21 e212641 e212641 10.18623/rvd.v21.2641 PRESSUPOSTOS POLÃ�TICOS-JURÃ�DICOS E DE AÇÃO DE UM NOVO PARADIGMA SOCIOECONÔMICO PARA ABORDAR SUSTENTAVELMENTE AS MUDANÇAS CLIMÃ�TICAS E A POBREZA https://revista.domhelder.edu.br/index.php/veredas/article/view/2639 <p class="NRVD-Resumo">Este artigo examina alguns dos pressupostos políticos-legais e de ação tanto internacionais como comunitários europeus (UE) para um novo paradigma socioeconômico sustentável que supere, por meio de uma transição justa, a tensão entre os efeitos das mudanças climáticas e a erradicação definitiva da pobreza. O objetivo é demonstrar que uma reformulação sustentável da economia deve estar associada a uma transição justa desde uma abordagem holística que trate das diversas variáveis que convergem para o impacto negativo que as mudanças climáticas têm sobre a perpetuação da pobreza. Para tal propósito, utiliza-se o conceito de pobreza multidimensional, ou seja, além da privação de renda, o qual permite ponderar tanto os efeitos das mudanças climáticas como a idoneidade do Acordo de Paris (mitigação, adaptação e resiliência) para enfrentar os desafios do binômio mudança climática/pobreza. Por meio do enfoque dedutivo, conclui-se que as medidas de transição justa devem responder a uma abordagem mais integrada e interativa das normas jurídicas internacionais, especialmente aquelas relativas aos direitos humanos, as quais obrigam os Estados a erradicar a pobreza causada pelas mudanças climáticas.</p> Jordi Bonet Pérez Marcia Rodrigues Bertoldi Copyright (c) 2024 Veredas do Direito — Direito Ambiental e Desenvolvimento Sustentável 2024-05-21 2024-05-21 21 e212639 e212639 10.18623/rvd.v21.2639 SUSTENTABILIDADE E ESG: O CONSUMO SUSTENTÃ�VEL NO CENÃ�RIO NEOLIBERAL https://revista.domhelder.edu.br/index.php/veredas/article/view/2633 <p>Este artigo tem como objetivo verificar se a sustentabilidade corporativa, utilizando-se da ESG, no sistema capitalista neoliberal vigente, pode contribuir para práticas realmente sustentáveis e para um consumo sustentável. Para isso, explana-se acerca do tripé da sustentabilidade e sua influência no setor corporativo, por meio do <em>Triple Bottom Line</em> e da ESG. Analisa-se o sistema capitalista neoliberal vigente e a crise civilizatória dele decorrente. Por fim, busca-se verificar se o consumo sustentável, impulsionado pelo setor corporativo por meio da ESG, pode ser uma alternativa à crise civilizatória emergente do sistema capitalista neoliberal. Utiliza-se o método indutivo, sendo acionadas as técnicas do referente, da categoria, dos conceitos operacionais e da pesquisa bibliográfica. Entende-se que a sustentabilidade cria vantagens competitivas, melhora a reputação da empresa e fortalece os relacionamentos com interessados, mas, por outro lado, não se pode ignorar que, por vezes, o mercado pode se aproveitar das situações de cuidado ambiental para apenas impulsionar cada vez mais seus ensejos capitalistas. A sustentabilidade corporativa, por meio da ESG, é uma forma importante de contribuir para mitigar os impactos ambientais nocivos para a sobrevivência da humanidade, contribuindo na promoção do consumo sustentável.</p> Alessandra Vanessa Teixeira Liton Lanes Pilau Sobrinho Talissa Truccolo Reato Copyright (c) 2024 Veredas do Direito — Direito Ambiental e Desenvolvimento Sustentável 2024-04-01 2024-04-01 21 e212633 e212633 10.18623/rvd.v21.2633 A ISONOMIA NA TRIBUTAÇÃO EM PROJETOS DE REURB-S https://revista.domhelder.edu.br/index.php/veredas/article/view/2614 <p>Se, nas cidades do Sul global, a regularização fundiária e urbanística é urgente, o mesmo pode ser dito sobre o tratamento tributário dispensado aos beneficiários dos projetos de Regularização Fundiária Urbana de Interesse Social (Reurb-S). Nesse sentido, esta pesquisa tem como objetivo principal propor um modelo de política tributária municipal sensível à condição daqueles historicamente "invisibilizados" das <em>urbes</em> brasileiras. A metodologia baseou-se em pesquisa qualitativa exploratória, necessária para expor as bases e as informações que viabilizem chegar ao resultado. A partir de uma revisão bibliográfica e documental, foi possível criar o alicerce à proposta de política fiscal sensível à subjetividade da população vulnerável que habita áreas de Reurb-S. Após o desenvolvimento da pesquisa, percebeu-se que, por meio de um arrojado esforço exegético, é viável interconectar o Direito Constitucional-Tributário com o plexo normativo do Direito Urbano-Ambiental, concluindo-se que, com base nos princípios da isonomia tributária, da capacidade contributiva e receptiva dos contribuintes dos tributos municipais e do mínimo existencial, existem fundamentos normativos e principiológicos que viabilizam a elaboração de regras de tributação capazes de promover justiça tributária e socioespacial sensível à população vulnerável que habita as parcelas da "cidade informal".</p> Bruno Soeiro Vieira Iracema de Lourdes Teixeira Vieira Lise Vieira da Costa Tupiassu Merlin Tupiassu Copyright (c) 2024 Veredas do Direito — Direito Ambiental e Desenvolvimento Sustentável 2024-04-29 2024-04-29 21 e212614 e212614 10.18623/rvd.v21.2614 GESTÃO DE RISCO INTEGRADA À EDUCAÇÃO AMBIENTAL E A APLICAÇÃO DA LÓGICA FUZZY https://revista.domhelder.edu.br/index.php/veredas/article/view/2594 <p style="font-weight: 400;">A compreensão da educação ambiental demanda a interligação sequencial e histórica de compreensão da educação em sua gênese e formulação contínua e progressiva no ocidente. Este artigo labora com o percurso configurador da educação ambiental de modo a situá-la na sociedade de risco, tendo em conta as problemáticas e complexidades existentes. A partir do método crítico-propositivo, analisa-se a configuração e contextualização aplicada da gestão de risco integrada à educação ambiental. O artigo sustenta a incapacidade de modelos binários para fins de resposta ou suporte à gestão de risco. Articula-se em conclusão e proposição a aplicação da lógica fuzzy para fins de formulação e implementação da gestão de risco, considerando vicissitudes da sociedade de risco. Dessa forma, componentes tais como incerteza, indeterminação e nebulosidade não são ignoradas, mas, sim, interiorizadas na gestão de risco.</p> Émilien Vilas Boas Reis Marcelo Kokke Romeu Thomé Copyright (c) 2024 Veredas do Direito — Direito Ambiental e Desenvolvimento Sustentável 2024-04-19 2024-04-19 21 e212594 e212594 10.18623/rvd.v21.2594 DIREITO AMBIENTAL: INTERCONECTIVIDADE E REFLEXÃO A PARTIR DE LÉVINAS https://revista.domhelder.edu.br/index.php/veredas/article/view/2583 <p class="NRVD-TitResumo" style="text-align: justify;"><span style="font-weight: normal;">O objetivo geral deste artigo, a partir de uma perspectiva do direito ambiental, é destacar os problemas ambientais cada vez mais presentes no Brasil, que surgem como consequência do descumprimento das disposições constitucionais brasileiras e dos instrumentos internacionais de proteção. O propósito da pesquisa foi examinar como o sistema legal brasileiro tem tratado e assegurado a proteção do meio ambiente a partir da perspectiva do princípio da alteridade proposto por Lévinas, no qual se considera fundamental a importância do reconhecimento do meio ambiente como um recurso transgeracional. Além disso, pretende-se examinar a reflexão imperativa sobre a preservação de "nossa casa comum", conforme estabelecido pela Laudato Si, a carta encíclica do Papa Francisco. Para alcançar esse objetivo, foi realizada uma revisão da pesquisa bibliográfica e da legislação, aplicando a abordagem do método hipotético-dedutivo. Como resultado, a necessidade urgente de colocar a alteridade em prática é demonstrada de maneira conclusiva. Não há dúvidas de que se pode inferir que o atual sistema capitalista deve ser confrontado diretamente, pois, diante da cultura do egoísmo e da falta de responsabilidade, já é possível observar o início da escassez dos recursos naturais indispensáveis à vida, especialmente à vida humana.</span></p> Carla Bertoncini Bruna Guesso Scarmagnan Pavelski Copyright (c) 2024 Veredas do Direito — Direito Ambiental e Desenvolvimento Sustentável 2024-02-08 2024-02-08 21 e212583 e212583 10.18623/rvd.v21.2583 CONTRIBUIÇÕES DA BIOFILIA PARA A O DESENVOLVIMENTO SUSTENTÃ�VEL https://revista.domhelder.edu.br/index.php/veredas/article/view/2408 <p>Abordando a aplicação da biofilia em áreas urbanas, este artigo tem como objetivo analisar a eficácia de sua implementação para promover o desenvolvimento sustentável em suas três principais dimensões: ambiental, econômica e social. O estudo propõe três objetivos específicos. Inicialmente, buscar-se-á evidenciar a conexão intrínseca entre os seres humanos e a natureza, examinando como essa relação se desenvolveu ao longo do tempo e como o conceito biofílico a reafirma como núcleo fundamental. Em seguida, analisar-se-á como a Agenda 2030, um compromisso global para o desenvolvimento sustentável, se relaciona com os princípios biofílicos, e verificar se a legislação brasileira está contribuindo para integrar esses princípios na vida urbana do país. Por fim, este artigo buscará investigar e compreender como as diferentes dimensões do desenvolvimento sustentável se conectam aos princípios biofílicos e seus impactos no bem-estar nas áreas urbanas, especialmente na realização da meta 11.7 da referida Agenda. Considerando a biofilia um dos princípios orientadores do desenvolvimento sustentável, conclui-se que, quando aplicada em áreas urbanas, trata-se de uma concepção principiológica capaz de conciliar o progresso urbano e as relações humanas com a natureza, proporcionando um aumento no bem-estar dos indivíduos e contribuindo para a expansão das áreas verdes no espaço citadino, além de colaborar com os preceitos sustentáveis. A contribuição deste estudo reside na necessidade de estabelecer um novo paradigma para a relação humana com o meio ambiente por meio de um desenvolvimento que promova uma interação harmônica com a natureza. Para alcançar o escopo pretendido, esta pesquisa empregou o método hipotético-dedutivo, partindo do conceito da biofilia para analisar se seus princípios e diretrizes podem inspirar ações sustentáveis, envolvendo pesquisa bibliográfica e documental.</p> Elisaide Trevisam Suziane Cristina Silva de Oliveira Copyright (c) 2024 Veredas do Direito — Direito Ambiental e Desenvolvimento Sustentável 2024-04-25 2024-04-25 21 e212408 e212408 10.18623/rvd.v21.2408 AUTOGOVERNO INDÃ�GENA: UM ESTUDO COMPARADO ENTRE BRASIL E BOLÃ�VIA https://revista.domhelder.edu.br/index.php/veredas/article/view/2520 <p>O objetivo deste trabalho é investigar se a Constituição de 1988 garante a prerrogativa do autogoverno às comunidades indígenas, segundo os cânones do novo constitucionalismo latino-americano presentes na Constituição da Bolívia. A investigação foi conduzida por método dedutivo e comparativo, análise documental e bibliográfica, estatística descritiva para análises comparativas. Os resultados mostram que, na comparação entre os modelos constitucionais do Brasil e da Bolívia, é possível notar que, naquele, o paradigma ocidental eurocentrista afirma a soberania constitucional e um sistema mono jurídico (hegemônico) do Direito. Já o arquétipo boliviano se propõe a efetivar o autogoverno e a autodeterminação dos povos originários campesinos. O paradigma brasileiro promove uma política anti-indígena, em prol de um modelo econômico capitalista, a exigir formas alternativas de interpretar a Constituição e identificar instrumentos que garantam a autodeterminação e autonomia dos povos originários no Brasil.</p> Lauro Gurgel de Brito Hanieri Alves da Silva Copyright (c) 2024 Veredas do Direito — Direito Ambiental e Desenvolvimento Sustentável 2024-02-26 2024-02-26 21 e212520 e212520 10.18623/rvd.v21.2520 A RESTITUIÇÃO PELO ILÃ�CITO LUCRATIVO EM FACE DO DESCUMPRIMENTO DO DEVER DE DECRESCIMENTO https://revista.domhelder.edu.br/index.php/veredas/article/view/2488 <p>Este trabalho visa abordar o enriquecimento ilícito e lucrativo <em>versus</em> o decrescimento, tema de extrema importância na atualidade, já que busca alternativas à consagração do princípio constitucional da dignidade humana da pessoa, de modo que todos possam ter acesso aos mesmos direitos fundamentais. É necessária uma mudança de pensamento e atuação, abordando-se o decrescimento como um dever anexo ao dever fundamental de proteção ao meio ambiente ecologicamente equilibrado. Nesses termos, a continuidade dos níveis de produção sem a readaptação aos limites estabelecidos pelas autoridades competentes em matéria ambiental se traduz em ato ilícito. Os lucros daí advindos, portanto, constituem enriquecimento sem causa e devem ser destinados aos afetados diretos quando identificados e à sociedade, que suportaram a violação do seu direito difuso ao meio ambiente ecologicamente equilibrado. Utilizou-se de ampla pesquisa bibliográfica interdisciplinar, passando desde o Direito Constitucional até o Direito Ambiental e Penal.</p> Leonardo Gomes Pereira Adriano Sant’ Ana Pedra Copyright (c) 2024 Veredas do Direito — Direito Ambiental e Desenvolvimento Sustentável 2024-03-05 2024-03-05 21 e212488 e212488 10.18623/rvd.v21.2488 A RELAÇÃO ENTRE O DESMONTE DA POLÃ�TICA NACIONAL DE PARTICIPAÇÃO SOCIAL E AS POLÃ�TICAS AMBIENTAIS https://revista.domhelder.edu.br/index.php/veredas/article/view/2473 <p class="western" align="justify">Diante do desmonte da política ambiental brasileira realizada no governo do ex-presidente Jair Messias Bolsonaro, este artigo busca estabelecer relações entre os desmantelamentos realizados em outra política pública, a Política Nacional de Participação Social (PNPS). A participação tem como objetivo assegurar à sociedade civil a equidade na decisão das políticas públicas e o controle social do Estado. Com o desmonte da PNPS, muitas instituições participativas foram limitadas, incluindo os conselhos ligados à questão ambiental. Este trabalho realizou uma análise institucional nas normas e documentos que regem três conselhos: o Conselho Nacional de Meio Ambiente (CONAMA) o Conselho Nacional de Recursos Hídricos (CNRH) e o Conselho Deliberativo do Fundo Nacional do Meio Ambiente. Esses conselhos foram alterados no ano de 2019, por meio do Decreto n. 9.806/2019, do Decreto n. 10.000/2019 e do Decreto n. 10.224/2020. Os dados demonstraram que ocorreram muitas supressões no número de representantes desses conselhos, principalmente dos representantes da sociedade civil, observados no CONAMA e no CNRH, ao passo que no Conselho Deliberativo do Fundo Nacional do Meio Ambiente a representação da sociedade civil foi extinta em sua totalidade. Assim, tanto a paridade quanto a pluralidade dos conselhos foram suprimidas dessas instituições.</p> Renata de Souza Copyright (c) 2024 Veredas do Direito — Direito Ambiental e Desenvolvimento Sustentável 2024-03-05 2024-03-05 21 e212473 e212473 10.18623/rvd.v21.2473 A INTERCULTURALIDADE NO DIREITO PREVIDENCIÃ�RIO RELACIONADO AOS INDÃ�GENAS DA ALDEIA JAMà TŸ TÃNH https://revista.domhelder.edu.br/index.php/veredas/article/view/2470 <p>A matriz colonial está presente nas normas jurídicas brasileiras de modo que a interculturalidade consiste em uma proposta que visa abrir novos caminhos que confrontam os aspectos da colonialidade. O Brasil conta com 896 mil indígenas, dos quais 572 mil são moradores de áreas rurais e 324 mil vivem em áreas urbanas. A investigação utiliza casos de experiência da etnia Kaingang, a qual se encontra distribuída em quatro estados brasileiros e soma 39 mil pessoas. O objetivo deste trabalho é compreender quais aspectos da interculturalidade são utilizados no Direito Previdenciário em relação aos indígenas Kaingang da comunidade <em>Jamã Tÿ Tãnh, </em>localizada no município de Estrela/RS. Foram utilizados relatos de experiência acerca do acesso à Previdência Social de oito indígenas da comunidade <em>Jamã Tÿ Tãnh</em>. Adotou-se o método de estudo de caso, sendo a pesquisa do tipo qualitativa, cujos instrumentos técnicos foram a pesquisa bibliográfica, documental, observações registradas em diários de campo e história oral. Conclui-se que a interculturalidade busca confrontar a matriz da colonial presente no ordenamento jurídico brasileiro, a qual dificulta o acesso aos benefícios da Previdência Social, especialmente, quando se trata de populações indígenas.</p> Luís Fernando da Silva Laroque Débora Pires Medeiros da Silva Copyright (c) 2024 Veredas do Direito — Direito Ambiental e Desenvolvimento Sustentável 2024-02-19 2024-02-19 21 e212470 e212470 10.18623/rvd.v21.2470 O PROCESSO LEGISLATIVO REVISIONAL NA POLÃ�TICA URBANA E SEUS FUNDAMENTOS: DEMOCRACIA E SUSTENTABILIDADE https://revista.domhelder.edu.br/index.php/veredas/article/view/2459 <p class="NRVD-Resumo">Este artigo tem como tema a legislação urbanística, com análise da determinação exposta no Estatuto da Cidade (Lei n. 10.257/2001, art. 40, § 3º) que trata da revisão periódica do Plano Diretor a cada dez anos. O problema do artigo é resumido da seguinte forma: O que é e quais são as relações entre o processo legislativo revisional e as diretrizes da política urbana de gestão democrática e do direito a cidades sustentáveis? E quais são suas possibilidades e limites para a política urbana? Os objetivos da pesquisa são relacionar tal característica com elementos específicos da dogmática jurídica urbanística e indicar a existência de um direito difuso ao processo legislativo revisional como instrumento de aprimoramento da política urbana, do que resulta a pertinência do reconhecimento do princípio do revisionismo legislativo. A pesquisa foi desenvolvida com a aplicação do método dedutivo e da técnica bibliográfica, relacionando as características do processo legislativo revisional com as teorias democráticas e o Direito Ambiental. Como resultado, verificou-se que o reconhecimento de tal vínculo apresenta-se fundamental para a compreensão das relações da legislação urbanística com a dinâmica temporal dos espaços urbanos, o respeito à deliberação democrática e ao planejamento sustentável.</p> Samuel Santos Copyright (c) 2024 Veredas do Direito — Direito Ambiental e Desenvolvimento Sustentável 2024-02-19 2024-02-19 21 e212459 e212459 10.18623/rvd.v21.2459 ROMPIMENTO DE BARRAGENS E RESPONSABILIDADE PENAL DA PESSOA JURÃ�DICA https://revista.domhelder.edu.br/index.php/veredas/article/view/2439 <p>O rompimento da barragem de mineração em Brumadinho (MG) suscitou discussão sobre a responsabilidade penal da pessoa jurídica em razão dos danos ambientais. Levando em consideração o tema, buscou-se investigar a eficiência da responsabilidade penal da pessoa jurídica no contexto do rompimento das barragens mantidas por empreendimentos de mineração, tendo como objeto da pesquisa e discussão especial o rompimento da barragem em Brumadinho. Utilizou-se o método dialético, possibilitando o questionamento sobre as certezas até então estabelecidas, propiciando negá-las e, desse exercício intelectivo, extrair um conhecimento seguro. Como hipótese, a imputação de responsabilidade penal à pessoa jurídica se revela como legislação simbólica que se traduz em uma atuação aparente do Estado com a finalidade de conferir aparente solução aos problemas e desafios para a proteção ambiental. Ainda, blinda o tema e impede que as discussões avancem na busca de respostas eficientes. O trabalho conjectura a aplicação do Direito de Intervenção, proposto por Hassemer, por meio de suas manifestações no Direito brasileiro. Como conclusão, identificou-se que a ausência das condições jurídicas e materiais para a responsabilização penal da pessoa jurídica estabelece uma falsa percepção de cumprimento das promessas proclamadas da proteção ambiental que constam da Constituição Federal de 1988.</p> Marcos Paulo Andrade Bianchini Giselle Marques de Araújo Ademir Kleber Morbeck de Oliveira Copyright (c) 2024 Veredas do Direito — Direito Ambiental e Desenvolvimento Sustentável 2024-04-16 2024-04-16 21 e212439 e212439 10.18623/rvd.v21.2439 INDICATIVOS DA NECROPOLÃ�TICA SOCIOAMBIENTAL BRASILEIRA https://revista.domhelder.edu.br/index.php/veredas/article/view/2437 <p>No contexto de crise socioambiental que se evidencia na Amazônia Legal, este artigo tem como objetivo geral identificar vínculos entre as ações do governo brasileiro vigente (2019-2022) e a necropolítica socioambiental. Dentre os objetivos específicos, a investigação proposta visa a demonstrar a participação do governo federal em vigor no aumento dos incêndios, desmatamentos, invasões a territórios indígenas, garimpo ilegal e violência na Amazônia Legal. Com base na obra de Achille Mbembe, este estudo busca delimitar uma crise humanitária originada na necropolítica do governo Bolsonaro. Fazendo uso de uma metodologia quantitativa, esta pesquisa partiu da coleta de dados relacionados à desarticulação de normas ambientais garantidoras de políticas públicas, discursos oficiais de incitação à violação de normas ambientais e inércia no combate a crimes ambientais na Amazônia e contra os povos indígenas no período de janeiro de 2019 a agosto de 2022. Em uma análise qualitativa, tais dados foram inseridos em um quadro analítico derivado da obra de Mbembe sobre a necropolítica. Como resultado, restam reforçadas e justificadas as denúncias de crime contra a humanidade que tramitam contra o Presidente da República perante o Tribunal Penal Internacional (TPI).</p> José Edmilson de Souza-Lima Luciana Ricci Salomoni Fernanda Gewehr de Oliveira Copyright (c) 2024 Veredas do Direito — Direito Ambiental e Desenvolvimento Sustentável 2024-02-19 2024-02-19 21 e212437 e212437 10.18623/rvd.v21.2437