FUNÇÃO AMBIENTAL DA PROPRIEDADE: UMA PROPOSTA CONCEITUAL

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Giselle Marques de Araújo

Resumo

O artigo pretende esmiuçar o conteúdo da expressão “função ambiental da propriedade privada”, verificando se a função ambiental seria espécie do gênero “função social” e a pertinência da frequente utilização do termo “função socioambiental da propriedade”. Para tanto, insere a temática no contexto da Teoria Geral dos Direitos Fundamentais, compreendendo direito de propriedade e direito ao meio ambiente equilibrado enquanto direitos historicamente conquistados e modificados. Traz ao centro da análise hipóteses nas quais o interesse social e ambiental colidem, como é o caso da necessidade de assentamento de famílias “sem terra” em áreas ambientalmente sensíveis. Na busca de um princípio explicativo, a pesquisa utiliza o método indutivo-dedutivo proposto por Aristóteles, resultando na conclusão de que função social e função ambiental da propriedade, embora tenham uma base comum, apresentam conteúdos distintos, esta voltada para a proteção e defesa do meio ambiente, aquela para a geração de recursos (emprego e renda) e produção de alimentos, nem sempre sendo correta a utilização da expressão “função socioambiental da propriedade”. Sob o aspecto conceitual defende a “função ambiental da propriedade” como desempenho ou cumprimento da finalidade de conservação do meio ambiente enquanto categoria que carrega valor em si próprio, independente de deveres outros ligados aos interesses humanos. 

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Seção
Artigos
Biografia do Autor

Giselle Marques de Araújo, Universidade Católica Dom Bosco Campo Grande, MS

Doutora em Direito pela Universidade Veiga de Almeida - Rio de Janeiro/RJ (2015). Mestre em Direito pela Universidade Gama Filho - Rio de Janeiro/RJ (2004). É professora do curso de Direito da Universidade Católica Dom Bosco e colaboradora no Programa de Pós-Graduação Strictu Sensu em Ciências Ambientais e Sustentabilidade Agropecuária na mesma Universidade desde 2014. Foi Bolsista Nota 10 da Fundação de Amparo à Pesquisa do Rio de Janeiro - FAPERJ (2013/2014). Lecionou na Pós-Graduação em Gestão Ambiental da Unaés Anhanguera (2010), e na Graduação em Direito Universidade Federal de Mato Grosso do Sul (2014/2015). Foi palestrante da Escola Superior de Advocacia - ESA (2014), Vice-presidente da Comissão de Direitos Sociais e Membro da Comissão de Meio Ambiente da Ordem dos Advogados do Brasil Seccional de Mato Grosso do Sul (2013/2015). É membro permanente do Conselho Editorial da Editora Juruá, da Revista Thesis Juris e da Revista de Direito da UERJ. Advogada voluntária do Centro de Defesa dos Direitos Humanos Marçal de Souza Tupã-I. Atua principalmente nos seguintes temas: direito civil, constituição, novos princípios, meio ambiente.