UM NOVO MODUS VIVENDI BASEADO EM “VIDAS SECAS”

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Ana Carolina de Mari Rocha

Resumo

Os direitos humanos são analisados à luz da obra literária Vidas Secas visando compreender questões socioambientais e culturais envolvidas no sertão nordestino brasileiro que perduram até hoje. Busca-se descortinar a realidade de esquecimento e enfatizar o tempo em que acontecem, e assim demonstrar a atemporalidade da história. O problema consiste na indagação acerca da possibilidade de uma hermenêutica jurídico-social atual por meio da obra de Graciliano Ramos escrita em 1938. O estudo tem os ideais de “solidariedade” de Zygmunt Bauman e “outridade” de Enrique Leff como marcos teóricos principais. Além disso, a ideia de “alteridade” trabalhada por Emmanuel Levinas foi utilizada como referencial teórico subsidiário. Utiliza-se pesquisa doutrinária, de maneira analítico-descritiva, para concluir sobre a atemporalidade do texto e a emergência da necessária formação de um padrão de outridade em relação à região sertaneja, e a outras igualmente esquecidas, que necessitam de uma ressignificação coletiva capaz de transformar seus moradores em verdadeiros atores sociais aptos a transformarem o ambiente em que vivem.

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Seção
Artigos
Biografia do Autor

Ana Carolina de Mari Rocha, Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), Belo Horizonte-MG, Brasil

Graduanda em Direito pela Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), Belo Horizonte-MG, Brasil. Bolsista da FAPEMIG em pesquisa de Iniciação Científica da UFMG.

Referências

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